quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Axilas & Outras Histórias Indecorosas, de Rubém Fonseca


Aproveitei a noite anterior à viagem com a EOI a Monção para ler este livro do Rubém Fonseca - estava mesmo com medo de ficar adormecido e perder o autocarro.

Axilas & Outras Histórias Indecorosas (2011) foi recentemente publicado em Portugal pela Sextante Editora, bem como outros títulos recentes do escritor brasileiro. Eu peguei o livro emprestado da biblioteca Ângelo Casal, onde irei deixá-lo hoje novamente. Lá podem encontrar outras obras dele, como o magnífico A confraria dos espadas.




Para quem não ouviu falar do Rubém Fonseca, ele é conhecido enquanto mestre do género policial em língua portuguesa. Ele próprio trabalhou como polícia em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Posteriormente foi professor de Psicologia na Fundação Getúlio Vargas.

Rubém Fonseca começou a escrever em idade tardia, sendo o primeiro romance de 1973 (O caso Morel). Em 2003 recebeu o Prémio Camões. Com 89 anos de idade, continua a escrever a bom ritmo. Nas suas obras transparecem as influências da literatura norteamericana, nomeadamente do género negro, e também do cinema. Ora, ele criou um estilo bem próprio, que acabou por influir em muitos autores do género, como a romancista brasileira Patrícia Melo.

Vamos então aos contos do Axilas, que se vai lendo em ziguezague: de algum rasto de compaixão à muita crueldade; da crueldade ao absurdo; do absurdo acelerado ao riso; do riso à vontade de fugir através da leitura; e sempre com Instituto de Medicina Legal ao fim do caminho - eis como as palavras do Rubém Fonseca ultrapassam o previsível, como os carros que ultrapassam de faixa em faixa na Avenida Brasil do Rio de Janeiro.

No conto que dá nome à coleção, "Axilas", uma paixão por essa parte do corpo leva o protagonista a perpetrar o impensável. Na abertura da história, o narrador compara a sua contemplação de um braço com a que teria feito o seu bisavô:

   Eu ainda não sabia o seu nome, que depois descobri ser Maria Pia. Ela já estava sentada quando vi os seus braços, braços finos, que para o meu bisavô não causariam o menor interesse, ele provavelmente os acharia feios. Além do mais, Maria Pia usava uma manga cavada e os braços estavam totalmente desnudos. Meu bisavô gostaria que ela usasse mangas curtas meio palmo abaixo do ombro e que seus braços fossem cheios do jeito que Machado de Assis descreve no conto “Uns braços”. Maria Pia era fina, toda ela, eu sabia, desde o início, vendo-lhe apenas os braços. E quando ela deu-lhes movimento, pude ver parte da sua axila.

    A axila da mulher tem uma beleza misteriosamente inefável que nenhuma outra parte do corpo feminino possui. A axila, além de atraente, é poética.”

A axila leva-nos até ao surpreendente fim do conto, que aqui não vou desvendar.

O que não posso esconder é a permanente presença da morte neste romance, apto para ser lido de rabecão a caminho da morgue: isso sim, sempre a seguir a alguma noite de intensa e pomposa atividade erótica.

Ao contrário do que acontece noutros livros do género, com Rubém Fonseca vamos alternando o ponto de vista do tira (policial) e do criminoso, sem que nunca saibamos ao certo que viragem surpreendente vai acontecer na história. Assim decorre a história "Janela sem curtina", onde assistimos ao encontro de um cruciverbalista e uma dubladora

Há coisas que acontecem a esmo, sem motivo ou explicação. O certo é que encontrei Alice novamente. Morávamos no mesmo prédio há anos e agora encontrávamo-nos duas vezes num curto espaço de tempo. 


O mundo que se mostra nestes contos não é adocicado, e o que vem à tona é uma sociedade em plena descomposição moral.

Os criminosos agem com mais serenidade do que paixão, misturando o crime com pensamentos que vão da sexualidade frontal à literatura e filosofia, sem que falte o sentido do humor. Ainda no mesmo "Janela sem curtina". 

Preciso falar com você, me disse.

Você gosta de miolos?

Farei miolos hoje para o jantar, você quer ir jantar comigo, ela perguntou?

Adoro miolos, claro que vou, a que horas, senhora dubladora?


* (Dobragem ou dublagem é no Brasil o que em Portugal é legendagem)

E o pano de fundo?

Para recordar que o cenário em que as histórias decorrem não é propriamente idílico, Rubém Fonseca deixa-nos pequenas engenhocas verbais como esta aqui:

Deitei-me depois das quatro, se estivesse na roça os galos já estariam cantando, mas só ouvia o barulho do caminhão da prefeitura recolhendo o lixo da rua, e o baque surdo das caixas plásticas de detritos sendo despejados num local onde eram triturados por roldanas metálicas giratórias. (Página 34)

O Rui Zink dá no alvo ao comparar as frases do R.F. com rajadas curtas de bala, e ao pôr em destaque o facto de ele ser um grande estilista.

E não quero adiantar muito mais do livro. Deixo-vos, sim, com o Conto "Livre-Alvedrio", porventura aquele de que mais gostei, a aonde chegam ecos da origem portuguesa do próprio autor:

Uma coisa que eu não suporto é me perguntarem: "e porquê você entrou para a polícia"? Dou as respostas mais esdrúxulas, "porque gosto de estrelas" (não olho para o céu, e não vejo estrelas há mais de vinte anos), "porque gosto de banana frita" (odeio), "porque meus pais eram portugueses".

Essa última resposta tem fundamento, mas a resposta fica para depois, talvez.


Para depois, talvez. Como não podia ser doutra forma, neste mestre do conto.




Veja-se:

Entrega de um prémio a Rubém Fonseca em Portugal.

Vídeo do Rui Zink sobre o livro A grande arte de Rubém Fonseca, que o marcou.

Algum vocabulário brasileiro que aparece no livro:

A porta do carona de um carro é a do acompanhante que vai ao pé do motorista. Pegar carona e dar carona é o mesmo no Brasil do que pedir e dar boleia em Portugal, isto é, transportar alguém de maneira gratuita num carro. A origem é a palavra espanhola carona, uma cobertura de couro que se costumava pôr cima da sela do cavalo.

Um apartamento de cobertura como do conto Paixão, é, segundo o dicionário Michaelis,  um Apartamento do último andar de um edifício que possui um grande terraço na laje de cobertura.


Diz-se nesse mesmo conto: Mas eu não ia obedecer aquele intolerável ucasse da Nely. "Ucasse" é uma ordem ou decisão dogmática e autoritária. A origem da palavra é nuns antigos decretos dos czares da Rússia.

No conto "Intolerância", depois de uma cena em que o narrador e a Gisleine andam a enxugar os pratos, o narrador diz que a bunda dela foi para o beleléu: beleléu é um lugar muito distante - neste contexto o significado seria próximo de sumir, desaparecer. O que a palavra bunda significa, prefiro que vocês próprios pesquisem.

No mesmo conto, diz-se: eu ia ter que dar o bilhete azul para a Diana. Dar o bilhete é despedir, ou demitir alguém.

Encher o saco de alguém é chatear, aborrecer alguém.

De maneira recorrente aparece a palavra macete, derivada de maço:

mas eu não podia repetir aquele macete, tinha que inventar outro...

O dicionário Michaelis define a expressão como: Chave de solução para charada ou situação cujos termos se desconhecem. Recurso astucioso para se fazer ou obter algo.

O xadrez é a prisão ou posto policial. O tira é coloquialmente o polícia (Pt), ou policial (Br). 

E um penhoar desabotoado como o de Dona Lúcia ("O vendedor de livros") é mais ou menos o mesmo que um robe em Portugal. Podem procurar imagens no Google.

Isso me parece papo furado: um "papo furado" é uma mentira ou conversa sem fundamento.

Uma rua grã-fina é uma rua onde moram pessoas ricas, chiques. Ao contrário, um(a) pé-rapada é uma pessoa sem condições, pobre. As duas expressões aparecem no livro. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Conhecimento e aquecimento, com i


Nos vossos trabalhos deparo-me sempre com erros nestas palavras.

É favor lembrarem:

Conhecimento, com i de INDAGAR



Aquecimento, com i de IRRADIAR

 

Com o mesmo feitio, muitos outros substantivos derivados de verbos em -er:

descomprometimento
subdesenvolvimento
desfortalecimento
reestabelecimento
desentorpecimento
desempedernimento
desguarnecimento
desconsentimento
restabelecimento
desfavorecimento

Podem procurar muitas mais neste site.

Mais duas palavras em IMENTO:

CIMENTO




PIMENTO






Fonte das imagens:

"INTEF: Instituto Nacional de Tecnologías Educativas y de Formación del Profesorado"
http://recursostic.educacion.es/bancoimagenes/web/
Disponibilizadas sob licença Creative Commons

Pilar Acero López é a autora da fotografia do radiador.








segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Segunda sessão do clube de leitura Léria


O clube de leitura Léria, da EOI de Santiago de Compostela, iniciou a sua programação com Os da Minha Rua, de Ondjaki, com sessão de debate realizada no dia 17 de dezembro de 2013. A visita de Ondjaki a Compostela (livraria Ciranda) foi o melhor complemento que poderia ter tido esta primeira escolha.

Na passada terça-feira 21 de janeiro juntamo-nos para falar de O Último Cais, de Helena Marques. Afortunadamente, o debate logo surge neste clube, sem necessidade de muitos materiais complementares. As impressões do livro foram em geral positivas, apontando como pontos fortes: a construção de algumas personagens, como Marta e Maria; a ambientação bem lograda do ambiente do século XIX na Madeira; a atualidade de muitas das situações apresentadas no livro, nomeadamente no que toca à situação das mulheres e às incipientes lutas de emancipação.

Na secção de Recursos do blogue da rede de clubes de Leitura Pega no Livro  podem encontrar alguns dos materiais que usamos no debate sobre O Último Cais e Os da minha rua.

Ora, menos consensuais foram outros aspetos do livro, como a densidade das descrições, o excesso de informação sobre algumas personagens e a dificuldade em seguir o enredo devido à complicação das relações de parentesco. Neste sentido, assinalou-se que teria sido pertinente a inclusão de um esquema final com a árvore genealógica.

O clube segue agora em frente com Inês de Portugal, de João Aguiar, escolhido entre todos os clubistas.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Acentuação (Primeiros passos)

Introdução à acentuação em português:
(É apenas uma introdução, faltam alguns casos !)



à á â / é ê / ó ô / í / ú


grave à agudo á circunflexo â
Til de nasalidade: ão, ãe, õe



O acento grave usa-se apenas com o a, nas contrações:



a + a a + aquele, aquela, aqueles, aquelas


Vamos à estação de camionagem
Vamos àquela estação de camionagem

Este acento indica que a vogal é aberta.

  • Lembra que na variedade portuguesa não se acentua: vou a casa, no sentido de “a minha casa”. Também não dizemos estou “na casa”, mas estou “em casa”.

As palavras agudas acentuam-se quando acabam em a, e, o (Compostela), quer sejam seguidas de s, quer não. Esta regra também se aplica às palavras de uma única sílaba (exceto artigos, preposições, pronomes átonos, e outras palavras sem acento).

Avó avô Pé Está
Avós Avôs Pés Dá
Acabá-lo Comê-lo (Para acentuar, a palabra acaba antes do hífen !)


Também se acentuam as agudas que finalizam em em, ens, desde que tenham mais de uma sílaba. Lembra Santarém.


Também, parabéns, Santarém
vs.
Bem, nem (têm apenas uma sílaba)
 
Acentuam-se as palavras graves que finalizam em


i, u > LEMBRA TUI (seguidas ou não de -s-)
l, r, n, x, ps 
ditongo ei (s)
ã, ão, um.
Lápis, Júri, agradáveis
Dólmen, Agradável.
Órgão, Álbum


Acentuam-se todas as palavras esdrúxulas. Incluem-se neste grupo as palavras que terminam em ditongo que começa por i, ou u: ia, ie, io, ua, oa [ua], ue, oe [ue], ea [ia], eo [io], etc.


Câmara Cântico Académico Polícia Vários Mágoa


Acentuam-se os “i” e “u” que, sendo a última letra da sílaba (sem contar o s), não fazem ditongo com a vogal anterior:


Saí : Sa - í                 País: Pa – í(s)
Baú: Ba – ú                   Ba-ús: Ba – ú(s)

vs.

Sair: Sa – ir             Juiz: Ju - iz

Exceções: moinho, bainha, rainha.

*Lembra que nem sempre o acento calha na mesma sílaba na variante portuguesa e nas formas mais frequentes na oralidade galega. Repara:
                                  
                                  Democracia     Anemia      Polícia
                                  
                                  Elite      Protipo        Anedota


Acentua quando e onde corresponder: 
 
Maria      Fazia       Vamos a escola          Vamos aquela escola 
Facil        Virus      Imagem         Porem     Homem
Bens     Come-lo      Acaba-lo     Fragil
Faceis    Ferteis    Pedi    Saimos   Intermedio     Armazens 

CHAVE: 

Maria      Fazia       Vamos à escola          Vamos àquela escola 
Fácil        Vírus      Imagem         Porém     Homem
Bens     Comê-lo      Acabá-lo     Frágil
Fáceis    Férteis    Pedi    Saímos   Intermédio     Armazéns

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Ligação do verbo e o pronome


 - O      -A     -OS     -AS   REGRA GERAL

Tinha um esquilo no meu quarto – Tinha-o.

Viu o concerto do Zé Ramalho em João Pessoa > viu-o.

Tens de evitar este erro frequente: ********* viu-no, pediu-no, etc > Viu-o, pediu-o.

-LO -LA -LOS -LAS
Verbos terminados em R, S, Z.

Jantamos uma feijoada – Jantamo-la.
O Carlos faz as malas – O Carlos fá-las.
Preferem não comer o caldo – Preferem não comê-lo.

* Repara:

Comê-lo acentua-se por ser uma palavra aguda acabada em “e”. O “e” do infinitivo é sempre fechado, e por conseguinte o acento, circunflexo.

Acabá-lo acentua-se por ser uma palavra aguda acabada em “a”. O “a” do infinitivo é aberto, e por conseguinte, o acento é agudo neste caso.

-NO -NA  -NOS - NAS


Verbos terminados em ditongo nasal: ão, am, õe, em

Pediram o pequeno-almoço > Pediram-no.
Põe o livro na mesa, faz favor > Põe-no.
Vão escrever o relatório > Vão-no escrever.


DOIS CASOS ESPECIAIS


Ele quer uma revista > ele quere-a
Tu tens uma cadela > tu tem-la



Substitui

Viste os livros que deixei na prateleira?
Pediram um tempo para refletir
Pedem o relatório para amanhã
Perderam o comboio das 20h00
Põe a mesa tu hoje, por favor
O irmão dela faz janelas de alumínio
Abri a porta do frigorífico sem querer
O Ministro quer uma lei nova
Traz o cinzeiro, faz favor. 
Escreveu o email muito depressa
 
CHAVE: Viste-os; pediram-no; pedem-no; perderam-no; põe-na; fá-las; abri-a; quere-a; trá-lo; escreveu-o. 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

CASO, DESDE QUE, EMBORA


Caso comamos hoje papas de sarrabulho, eu visto a minha melhor gravata

Estes conectivos costumam ir acompanhados de presente ou imperfeito de conjuntivo, dependendo do tempo a que diz respeito a frase ou do grau de probabilidade. Vejamos estes exemplos, tirados do CORPUS CETEM/PÚBLICO, do Jornal Público.

CASO

É que caso venha a ser confirmado o direito de propriedade à família Martins Dias, o município terá de recomeçar com esta, ou com quem venha a adquirir o edifício, as negociações sobre a reconstrução .

Prometeu nessa altura que, caso viesse a recuperar, mandava pagar uma festa «aos santinhos do Zambujal» .

DESDE QUE (No sentido de condição obrigatória, que se tem de cumprir)

Seja o que for, desde que seja rádio .

Dele se esperam consequentemente acentuadas melhorias para o sector em questão, desde que seja bem aproveitada a oportunidade de mudança, e um efeito geral para o País digno de nota .

O aborto seria autorizado desde que fosse a própria mãe a pedi-lo .

Na sua última missiva, Escobar dizia que estava preparado para regressar à cadeia, desde que fosse na região onde nasceu: Antioquia, no noroeste da Colômbia .

EMBORA

Veio para conhecer os serviços dependentes do seu ministério e garantiu que a Royal Air Force (RAF) nunca abandonará o aeroporto de Gibraltar, embora queira a curto prazo privatizar as suas operações .

«Não intervim em nada para a realização do 25 de Abril, embora soubesse que havia uma certa conspiração .

* Repara que a construção é diferente com NO CASO DE:

No caso de comermos hoje papas de sarrabulho, eu visto a minha melhor gravata

Isto no caso de os dois xadrezistas aceitarem o convite .

A aquisição onerosa de bens imóveis é outra das limitações, excepto no caso de serem necessários à própria instalação, ou tiverem sido adquiridos por adjudicação movida contra devedores e ainda os derivados da liquidação de sociedades suas participadas .

Como podes ver, neste caso é usado o infinitivo pessoal.
Fonte: “Corpus Cetem-Público”, http://www.linguateca.pt/cetempublico/, consultado a 20/01/2013. Os exemplos tirados do corpus não são usados com fins lucrativos.

PRÁTICA

Preenche com verbo adequado:

1. Vou ao cinema, embora não (ter) ________ dinheiro agora.

2. Caso (eles, pedir) _________ o cartão, cá tens.

3. Empresto-te o livro do Aquilino Ribeiro, desde que não o (perder) _______ .

4. Podemos fugir a Cabo Verde, desde que (conseguir) __________ as passagens de avião.

5. Caso (ter) ________ mais dignidade, não fazia o que fez.

6. Podes ir ao concerto, desde que (ir, tu) __________ de autocarro.

7. Caso (eles, querer) __________ vir, ficamos em casa.

8. Podem ir no meu carro, desde que (ir, eles) ___________devagarzinho.


Transforma:

9. Não faço o teste, caso seja já na próxima semana > Não faço o teste, no caso de o ________________

10. Combinamos, caso queiras vir na segunda > Combinamos, no caso de _________.





Chave

1. Tenha. 2. Peçam. 3. Percas. 4. Consigamos 5. Tivesse. 6. Vás. 7. Queiram. 8. Vão. 9. Teste ser na próxima semana. 10. Quereres vir na segunda.


Tens aqui a atividade aqui em pdf. 





Monólogo do pequeno-almoço


Nível: Básico
EO: Expressão oral - monólogo


Fala dos teus hábitos do pequeno-almoço, tocando os seguintes pontos:

- É uma refeição de que gostas? Porquê?

- Em casa ou fora, porquê?

- O teu pequeno-almoço habitual.

- O teu pequeno-almoço ideal.

Podes usar, além do vocabulário específico da comida/bebida:

                                                                                                                            

Ao sábado / ao domingo / à segunda-feira / às segundas-feiras (costume, hábito)

 
Aos fins de semana


vs.


No sábado passado, no domingo próximo, nesta segunda (um concreto)


No fim de semana






Costumo tomar o pequeno-almoço num snack-bar


Costumo beber chá verde ao pequeno-almoço




Adoro tostas mistas / gosto imenso de tostas mistas / prefiro tostas mistas


Detesto bolas de Berlim / odeio bolas de Berlim



De ilha em ilha, com Helena Marques


2º CONVERSA AO PÉ DOS LIVROS DO CLUBE DE LEITURA LÉRIA

O ÚLTIMO CAIS, DE HELENA MARQUES

21 DE JANEIRO, 20H00, SALA 5 DA EOI

QUER TENHAS

QUER NÃO TENHAS LIDO

APARECE!

  
Entra a bordo do Saint-Simon com um sentimento de irrealidade. "É autêntico", repete a si própria, "é autêntico, já não sou Penélope, já não sou a que fica fiando e tecendo, chegou a minha vez de partir e parto com Marcos, é o seu braço que segura o meu, é o seu riso que troça da minha excitação, como ele está feliz, divertido, jovem, sonhei toda a vida com a viagem e agora, quando tinha desistido porque Marcos parte definitivamente, agora acontece esta maravilha, vou viajar, avô, querido avô, vou viajar...

O último cais, Helena Marques

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

CARTA DE CANDIDATURA PARA OBSERVAR NUVENS

Tarefa: Escrever uma carta de candidatura. 
Nível: B1
Extensão: 100-140 palavras. 

PROJECT LEADER M/F

ENCONTRO DE OBSERVDORES DE NUVENS EM SANTIAGO DE COMPOSTELA (GALIZA)


A Associação Açoriana de Observadores de Nuvens

PROCURA

Responsável de projeto de organização do I Encontro de Observadores de nuvens em Santiago de Compostela (Galiza)

Descrição da função:
Elaborar o programa, planeamento e gestão do Encontro.

Perfil:
Formação em áreas relacionadas com a observação de nuvens.
Experiência em observação de nuvens ou funções similares.
Fluência na língua portuguesa (1 º do intermédio da EOI ou superior)
Excelentes capacidades contemplativas.
Excelentes capacidades de liderança e relacionamento interpessoal.
Residência na área.

Oferta:
Os interessados deverão submeter a sua candidatura para:

João Pasmaceira
Associação Açoriana de Observadores de Nuvens
Rua do Cais
9940-999 São Roque do Pico
Ilha do Pico (Açores)
Portugal

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Mudar de vida e ir embora


Tarefa final da unidade das viagens.
Nível: A2 (150 palavras), B1 (250 palavras)

Sem avisar ninguém, resolveste fazer uma viagem sozinho para fugir à rotina das ciclogéneses galaicas. O destino da viagem foi um país onde a língua portuguesa é falada. Ao fim de várias semanas, resolves escrever um post no teu blogue, nomeadamente a pensar nos teus amigos, e tocando os seguintes pontos:

- Razão para ires embora.
- Meios de transporte que usaste.
- Alojamento.
- Apresenta uma pessoa que conheceste na viagem.
- Descreve a casa dessa pessoa, de onde estás a escrever neste momento: descrição da habitação, do quarto, daquilo que se vê da janela.
- Faz algum comentário sobre a língua, aludindo a alguma palavra ou maneira de dizer daquela zona.

Para tirar o máximo proveito da tarefa:

- Podes pensar num país onde a língua portuguesa seja oficial, mas também nalgum país com comunidades importantes de migrantes que falam português.
- Faz uma pesquisa na Internet à procura do local que escolheste.
- Tenta localizar em Google Maps a rua exata em que se acha a casa, de modo a que o texto pareça realista.


Título: Falar da profissão e dos estudos
Nível: A2 (100 palavras), B1 (150 palavras)

Uma escola básica pediu a várias pessoas adultas para escreverem um texto breve sobre a sua profissão ou área de estudos a que se dedicam. Toca os seguintes pontos.

A) Se estiveres a trabalhar ou à procura de trabalho:

- Apresentação. 
- Formação
- Vantagens e desvantagens da profissão.
- Expetativas de futuro.

B) Se estiveres a estudar ou a fazer um estágio:

- Apresentação. 
- Curso ou formação que escolheste.
- Razões para escolher esse curso.
- Expetativas de futuro.

Podes usar o seguinte vocabulário:

Ser formado (a) em


Tirar o curso de medicina (* carreira)


O segundo ano do curso de direito (* o segundo curso)


A carreira profissional


O ensino básico / o ensino secundário


A escola básica / a escola secundária (o licéu) / a faculdade


A licenciatura / o mestrado / o doutoramento


Fazer um estágio / ser estagiária - estagiário


Trabalhar a tempo parcial / a tempo inteiro


Trabalhar por conta própria / por conta de outrem


Ser trabalhador independente


Ser desempregado / receber o subsídio de desemprego


O salário / ordenado / os vencimentos / os rendimentos


Ser contratado / ser despedido (a)




quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Localização no tempo (atividades) A2


LOCALIZAÇÃO NO TEMPO

Sublinha as opções mais adequadas ao contexto. Nalguns casos há duas possíveis.


1. Podemo-nos ver ________ do jantar

dantes    após     depois


2. ________ havia muitos comboios entre Lugo e Corunha. Hoje em dia, há apenas dois.

antes     dantes    antigamente


3. Primeiro, tens de ir aos correios. _________, vais ao supermercado. E por último, passas pela oficina.

logo       depois        a seguir



4. A Cecília está para chegar. Sim, _____ chega, não se enerve, minha senhora.

depois     logo     a seguir


5. A inscrição está aberta até ______ quinta-feira às 20h00.

a       à        na


6. A inscrição está aberta até ______ sábado às 20h00.

ao     o    no


7. Primeiro, há que perceber como é que se pronuncia cada som. _______, convém treinar com palavras breves, e depois, com frases curtas.

a seguir       logo         já





CHAVE:




1. DEPOIS
2. DANTES, ANTIGAMENTE
3. DEPOIS, A SEGUIR
4. LOGO
5. À
6. AO
7. A SEGUIR