segunda-feira, 28 de abril de 2014

Terras de aqui e acolá

Esta atividade consistia em procurar nos países lusófonos nomes de cidades, vilas ou aldeias com nomes similares aos galegos. Xosé Ramón, do nível básico, deu o primeiro passo.


Terras de aqui e de acolá: Foz



Foz: Lugo, Galiza, Espanha.
Fonte da imagem: Wikipedia.

 
Antiga junta de freguesia de Foz do Douro, Porto, Portugal.
Fonte da imagem: Wikipedia.

  

Foz do Iguaçu.
Fonte: Wikipedia.
Município do Estado de Paraná, Brasil.


O topónimo de Foz provém da palavra latina "fauce", (do latino vulgar focem, que no latino literário era faucem, "gorxa, paso estreito, fauces": um local onde um rio desagua no mar)


Elemento em comum: os três lugares ficam na foz de um rio: O Masma. o Iguaçu e o Douro.




domingo, 27 de abril de 2014

Flora e Fauna da ilha de Castejejisê

Assim foi imaginada a ilha de Castejejisê por Vanessa, do nível básico. Muito obrigado a ela por disponibilizar o texto. 

Flora e fauna de Castejejisê

A nossa ilha chama-se Castejejisê. Tem muita fauna e flora.
A fauna é composta por burros, ovelhas, vacas, cavalos,...
Na ilha há muitos pássaros, como podem ser gaivotas e corvos. 
As gaivotas comem os peixes que há no oceano que rodeia a nossa ilha. 
O oceano que rodeia a ilha é o oceano Atlântico.
Na ilha Castejejisê as serpentes são de cor de laranja.
Quanto à flora, no centro da ilha há uma grande floresta.
No bosque há eucaliptos, pinheiros e carvalhos. À beira-rio há salgueiros.
Na parte da ilha em que ficam as aldeias, há estufas.

Dentro das estufas cultivam-se cerejeiras, amendoeiras e pereiras.

sábado, 26 de abril de 2014

CONDICIONAIS (QUATRO TIPOS)


QUATRO TIPOS DE CONDICIONAIS EOI COMPOSTELA

1. CUMPRE-SE SEMPRE / É UM FACTO / É HABITUAL / SEMPRE SE CUMPRE EM DETERMINADAS CIRCUNSTÂNCIAS

Se acendemos a lareira, a sala fica quente. (Sempre que acendemos a lareira, a sala fica quente)
Se deitamos água no azeite, produz-se uma combustão.
Se a temperatura é inferior a 0º, a água líquida vira gelo.
Se o João tem fome, ele vai à hamburgueria.

2. PROVÁVEL NO FUTURO: B acontecerá, se A se cumpre no futuro – 
É PROVÁVEL QUE , INSTRUÇÃO: 
Se (no futuro) te encontrares nessa situação, age de tal maneira.
R

Se o João vier, vamos à festa (Tu achas que virá?)
Se estiver muito frio, vamos à neve (Mas tu achas que nevará?)
Se fores ao Porto, traz-me uma garrafa de vinho (Amanhã vais ao Porto, não vais?)
Se a janela estiver trancada, puxa dela.

3. IRREAL / HIPOTÉTICO / IMAGINÁRIO (ATUALMENTE, A CONDIÇÃO NÃO SE CUMPRE) – o mundo real é ignorado na interpretação – IMAGINE-SE QUE...

SS

Se acendêssemos a lareira, a sala ficava / ficaria quente (PORÉM, a lareira está apagada)
Se eu quisesse, comprava / compraria o parlamento da Hungria. (PORÉM, eu nada indica que eu queira)
Se vocês lessem os jornais, sabiam / saberiam o que se está a passar. (PORÉM, vocês não leem os jornais, ou nada indica que os leiam)
Se a Paula fosse russa, não tinha / teria de aprender russo. (PORÉM, ela é de Monforte)

4. IRREAL NO PASSADO

Se tivesses estado na festa, terias conhecido a Maria ( mas tu não estiveste)
Se tivesses estado na festa, tinhas conhecido a Maria.
(ou conhecerias, conhecias)

SE + PRESENTE
Se os salários descem
PRESENTE
o consumo diminui
SE + FUTURO DO CONJUNTIVO
Se fores ao cinema
FUTURO, IMPERATIVO, PRESENTE
encontrarás a Marta
telefona-me antes
vemo-nos lá (=ver-nos-emos lá)
SE + IMPERFEITO CONJUNTIVO (-SSE)
Se estivesses agora no Porto,
IMPERFEITO, CONDICIONAL
podias ir ao concerto da Mariza (+ coloquial, língua falada)
poderias ir ao concerto da Mariza (+ formal, língua escrita)
SE + M-Q-PFTO DO CONJUNTIVO
M-Q-PFTO DO INDICATIVO
Se tivesses vindo à viagem a Portugal,
Terias experimentado a francesinha (+ formal)
Tinhas experimentado (+ coloquial)
Experimentavas (+ coloquial)


FORA OU FOSSE


FORA OU FOSSE?

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo. RA

Este tempo verbal costuma referir-se a um passado anterior a outro passado ou a um passado que se quer mostrar como muito distante.

Quando eu cheguei, ele já levantara a mesa (= ela já tinha tinha tomado duche)

O correspondente tempo composto (tinha feito, tinha tomado, etc. ) tem um valor temporal similar e é muito mais usado na oralidade.


Dizque no século XII o Egas Moniz fora armado cavaleiro neste mosteiro.
Pretérito imperfeito do conjuntivo. SSE

Este tempo verbal costuma ser associado às ideias de pedido / desejo / sugestão / conselho, no passado ou num momento atemporal. É frequente que vá precedido de algum que:

Eu pedi-lhe que levantasse a mesa.

Sugeri-lhe que fizesse o curso.

Também costuma ser usado em orações condicionais, exprimindo irrealidade:

Se tivesse mais dinheiro, viajava mais / viajaria mais

O erro mais frequente é usar FORA onde devia usar-se FOSSE

O João queria que eu fosse com ele ao Porto

Portanto, a regra básica é:

se duvidas entre estivera ou estivesse
o mais provável é que seja estivesse

O erro é devido à interferência do castelhano:

Na variedade galega, a diferença fora/fosse é idêntica à da variedade portuguesa.



Completa com a forma verbal adequada

1.A Maria queria que eu (fora/fosse) _____________ à feira.

2.A Joana disse que ela já (estivera/estivesse) _______________ lá há vários anos.

3. Pedi-lhes que (escrevessem/escreveram) _____________ uma redação breve.

4. Se este (fosse/fora)______________ um país normal, os banqueiros estavam na cadeia.

5. Ela sabia que o Leo sempre (estivesse/estivera) ______________ assim, a trabalhar numas condições precárias.

6. Falou baixinho para que eu (pudesse/pudera)_____________ ouvir.

7. A Joana falou que (fizesse/fizera) _______________ mal o teste, pois havia muito barulho na sala.

8. Pouco antes da guerra, o Pedro (escrevesse/escrevera) ________________ à família, alertando do perigo existente.

9. O Pedro pediu-me que (convencesse/convencera)________________ à família para fugir para outro país.

10. Seria bom que o presidente (fizesse/fizera) ________________________ um bom discurso.

11. O governo esperava que o operários não se (manifestassem/manifestaram)_____________ . Porém, eles sim saíram à rua, como já (fizeram / fizessem) ________ vários anos atrás.

12. Gostaria muito de que (viesses / vieras)____________ fazer-me uma visita.

13. Se (soubesse / soubera) ____________onde ela mora, fazia-lhe uma visita.


CHAVE

Fosse, estivera, escrevessem, fosse, estivera, pudesse, fizera, escrevera, convencesse, fizesse, manifestassem, fizeram, viesses, soubesse.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

40 anos do 25 de abril - Saraiva de Carvalho em Pontevedra

O 40 aniversário do 25 de abril já cá está.

Ontem, Otelo Saraiva de Carvalho falou na Semana de Filosofia de Pontevedra. Deixo aqui o vídeo e penso que é uma ótima introdução para falar do tema nesta altura:



Ficam também cá outras ligações e materiais sobre o 25 de abril. Seria ótimo ver nas aulas o primeira sessão da série Mulheres de Abril, mas como não vamos ter tempo, deixo a ligação cá em baixo.

Site da associação 25 de abril, que dá acesso a inúmeros documentos escritos e audiovisuais.

Site do Centro de documentação 25 de abril.

Especial da estação de Rádio Deutsche Welle sobre o 25 de abril, com entrevistas a personagens da época.

Quarenta anos do 25 de abril na RTP - Resumo de emissões sobre esta temática



Primeiro episódio da nova série Mulheres de Abril



Uma rapsódia das músicas mais emblemáticas do 25 de abril. 


Documentário "A Hora da Liberade"


Documentário "As armas e o povo"


terça-feira, 22 de abril de 2014

EOI Compostela na comunicação social portuguesa - Lei Valentim Paz-Andrade

A aprovação da Lei Valentim Paz-Andrade é um marco histórico para a língua portuguesa na Galiza.

Foi devido à quantidade de matéria que temos para dar, que não dei nas aulas a atenção devida a este assunto. Para compensar, deixo-vos aqui várias ligações que recomendo mesmo que leiam:

O texto de lei que acabou de ser aprovada e publicada no DOGA. É breve, não deixem de ler.

Uma notícia da Antena Três Portuguesa onde saem alunos da nossa escola a falar. Não deixem de ouvir! Porventura alguns poderão reconhecer algum colega vosso.


Um artigo que acabou de sair no jornal Público encorajando à entrada da Galiza na Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

Outra notícia do jornal Público sobre a aprovação da lei no Parlamento.

E ainda mais alguma notícia


Xosé Carlos Morell apresentando a iniciativa no parlamento

Golfinhos, araus, fradinhos

Uma pessoa que andava a fazer trilhos nesta Páscoa deparou-se com muitos golfinhos, araus e fradinhos mortos, por causa das tempestades deste ano. É pena. Cliquem nas palavras acima e vejam a informação da Wikipédia sobre as duas aves marinhas referidas.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Profissão: fogueteiro

Perguntei no nível básico se achavam que alguma profissão devia ser melhor paga do que é atualmente. Alguém me deu esta resposta, de que gostei muito. Muito obrigado a ela pelo contributo. 

Eu acho que uma das profissões que não é muito bem paga é a de fogueteiro porque é uma profissão de muito risco para as pessoas que trabalham nisso e para aqueles que vivem muito perto das fábricas de foguetes. Além disso, um erro pequenino pode produzir uma grande explosão.

Aliás, os fogueteiros são os encarregados de lançar os foguetes nas festas, e se houver algum erro, podem matar alguém ou provocar un incêndio. É uma profissão de muito risco, e por isso penso que devem ter melhor soldo do que têm. 


Fonte da Imagem: elprogreso.galiciae.com

* Por acaso, quando procurava imagens de fogueteiros na Internet deparei-me com muitas fotografias de polícias e criminosos brasileiros. Pesquisando mais, vim a saber que no Brasil, a palavra "fogueteiro" é também usada neste sentido: 

Olheiros que soltam foguetes nos morros [Neste contexto, as favelas] para avisar os traficantes das diligências policiais e, com isso, favorecer a escamoteação dos tóxicos para garantir a sua posterior distribuição e venda e evitar a prisão dos traficantes (Fonte: Dicionário Informal). 

Ou, ainda na mesma fonte: 

Menino que auxilia no tráfico de drogas, soltando um rojão, que informa tanto os traficantes quanto os moradores da presença de policiais (canas, coxas, PM, os home, etc) na favela. 


Com certeza não era destes fogueteiros que falava a estudante do nível básico.

domingo, 20 de abril de 2014

Automóvel - Palavras cruzadas

Deixo-vos aqui umas palavras cruzadas com vocabulário do automóvel.

- As definições em baixo correspondem às palavras que faltam nas colunas (down) e nas filas (across)

-Quando escrevem uma palavra de maneira correta, ao passar para outra fila ou coluna e clicar em Enter, as letras da palavra correta viram de cor verde.

- Ao clicar em "Answer key", podem visualizar todas as respostas.

Automóvel - Crossword Labs

Algumas das definições foram tiradas do Dicionário Priberam





Associação de apanhadores de corninhos


Maria, do Nível Intermédio, escreveu este convite para aderir a uma associação invulgar. 

Convite aos colegas de turma para aderirem à Associação de Apanhadores de Corninhos (A.S.A.C.O.)

Fonte da imagem: http://www.ebay.com/bhp/dentalium

Caras e caros colegas,

Venho convidar-vos para se associarem e participarem na Associação de Apanhadores de Corninhos (A.S.A.C.O.). A A.S.A.C.O. nasceu em fevereiro de 2007 para que o pessoal possa unir-se por um motivo duplo:


1º Passar tempo de lazer ao ar livre andando pelas praias.

2º Ajudar os índios Yakima do Estado de Washington, na costa Oeste dos EUA.
Já sabem que os corninhos da Galiza (Dentalium Vulgare), são muito apreciados pelos Yakima para cobrir peitorais e capacetes, fazer colares, brincos, pulseiras e outros produtos de artesanato.

A A.S.A.C.O. promove no próximo 17 de abril, quarta-feira da Páscoa, uma competição de apanhar corninhos na praia de Carnota, com a seguinte agenda:

10h30-11h30: Inscrição e quota (1 €)

11h30-12h30: Competição

12h30-13h00: Proclamação, pelo júri, da pessoa vencedora e entrega de uma quimera carregada de corninhos

A inscrição e o júri estarão na entrada de Malhou

Força e até lá!

Joana Gomes

Presidenta da A.S.A.C.O. 

Lembrem um par de pormenores: 
  • Os nomes de associações e empresas costumam ir precedidas de artigo: A A.S.A.C.O.  
  •  Ajudamos alguém: O Pedro ajudou o João / O João ajudou a associação / O Pedro e o João ajudaram muitas pessoas. 

  

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Passado simples (primeira pessoa)


Fica aqui este esquema de modo a vos ajudar a treinar os passados na oralidade e na escrita.


Feito com Mindup
Fonte das imagens (disponibilizadas com licenças creativecommons): 
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Donkey_cartoon_04.svg
http://freevectordownloadz.com/wp-content/uploads/2013/11/Brown-Eye-Clip-Art.jpg


terça-feira, 8 de abril de 2014

Portugal Selvagem - Vocabulário da fauna

O programa Portugal Selvagem é uma boa opção para alargar o vocabulário relacionado com a fauna e o ambiente em geral -basta fazer uma pesquisa no Youtube com esse nome para ter acesso a vários programas. Deixo cá as ligações de Youtube para dois vídeos que dizem respeito aos Açores, o que liga diretamente com a atividade que estamos a realizar nas aulas. Fica também em baixo o nome da cada um dos programas concretos, para o caso de que tenham alguma dificuldade em ver desde o blogue.

O terceiro vídeo é uma apresentação com os nomes e imagens de alguns animais. De certeza que não fará mal dar uma vista de olhos.



Portugal selvagem - Açores: A lenda do Atlântico

Vida selvagem: As ilhas dos Açores


Fauna de Portugal - Apresentação com algum vocabulário.




Escrever convite - Nível Intermédio


Deixo aqui um exemplo de uma tarefa de escrita que fizemos no Intermédio. Cá em baixo têm o texto corrigido. Marquei a verde alguns pormenores em que convém reparar. Muito obrigado à Célia por disponibilizar o texto. 

INSTRUÇÕES DA TAREFA

Convida os teus colegas de turma para aderirem a uma associação o invulgar quetu criaste ou promoves. Toca os seguintes pontos:

– Nome da associação o e data de criação. 
– Objetivos que persegue.
– Atividades que promove.
– Maneiras de aderir e quotas.
 
De: Célia

Para: Turma de português (nível intermédio)



Caros e caras colegas,


Há um ano que faço parte de uma associação na minha cidade de origem para ajudar as crianças cujas famílias têm importantes problemas económicos. Chama-se Assosiação pelas Crianças da Corunha.  


E como está a ser uma experiência muito enriquecedora para mim, gostaria imenso de partilhar convosco esta vivência. É por isso que venho convidar-vos para a próxima reunião, que será no dia 1 de abril, na Rua Rodrigo A. de Santiago, 1.º andar, na Corunha - local da sede da associação.


Podem contribuir para esta causa com dinheiro, comida, brinquedos, tempo, ilusão, boa vontade, apoio... Qualquer coisa destas agradeceriam os miúdos e também as suas famílias... Adianto que um dos temas que se vão tratar é a possibilidade de que esta iniciativa se faça extensiva às cidades e vilas da Galiza. Falar-se-á também dum projeto muito interessante: criar uma espécie de rede, que se poderia chamar a Rede da Galiza de Ajuda às Crianças. Se nessa altura vocês tiverem qualquer sugestão que tenha a ver com isto, será muito bem recebida.    

Espero que vocês apareçam!

Cumprimentos cordiais



A Célia


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Zamburinha Atravessada Zangando Pessoas (A Décima Ilha dos Açores)

Está turma do básico sai-se dos eixos, mesmo. Inventaram uma ilha que se chama Zamburinha Atravessada Zangando Pessoas. Muito obrigado a eles por este contributo. Gostava era de ver o passaporte da tal Décima Ilha dos Açores.


DIÁLOGO ENTRE SãO FROILÃO E O LOBO


Iván, do nível Básico, por iniciativa própria, recuperou da Aula Cesga esta tarefa que costumavam fazer os estudantes de português da EOI da Lugo para trabalhar a identificação pessoal e apresentações. Muito obrigado a ele por pegar neste velho tópico. Deixo cá as instruções da tarefa para o caso de que alguém mais se anime. 
Instruções: 
Diálogo entre São Froilão e o lobo
São Froilão vem de Leão a caminho de Lugo. Encontra-se com o lobo nas montanhas dos Ancares e iniciam um diálogo:
- Cumprimentam.
- Apresentam-se.
- Cada um deles quer saber o que é o outro anda a fazer.
- S.Froilão pede ajuda ao lobo para carregar os alforges do seu burro.
- Chegam ou não chegam a um acordo.
- Despedem-se.
Durante o diálogo terás de incluir, pelo menos, uma pergunta-eco do género de "Não é?" ou "Pois não?" 

Diálogo entre S.Froilão e o Lobo
Quando o Lobo Lupo chegou à sua toca, depois de ter passado toda a manhã tentando caçar algo sem resultado, encontrou-se um homem a dormir à frente dos arbustos que tapavam a entrada da sua toca.
- Bom dia, senhor. Se fosse tão amável, afastava-se da porta da minha casa para eu poder entrar?
- Bom dia, senhor lobo. Sim, desculpe bom lobo, estava tão cansado que nem reparei onde fiquei a dormir.
- Eu sou o lobo Lupo. O senhor está a fazer uma viagem?
- Prazer em conhecê-lo. Eu sou são Froilão. Sim, há já uma semana que saí de Leão, e dirijo-me a Lugo.
- O que é que o senhor vai fazer a Lugo?
- Tive notícia de que minha mãe está enferma e vou visitá-la. E tú, moras cá, não é?
- Sim. Eu costumava fazer parte duma alcateia de lobos, mas quando o meu pai, o macho alfa da alcateia, morreu, o meu tio fez-se com o poder, botou-me do grupo e agora vivo aqui sozinho, entregado à vida contemplativa e à meditação.
- Já vejo que tens muito tempo livre, vou-te propor uma coisa: o meu burro está comigo muitos anos a me fazer um grande serviço e como ja é algo velho, queria-o deixar em liberdade na floresta. Gostarias tu de me levar os alforges e acompanhar-me na minha viagem?
- Gostaria muito de ser o teu parceiro e viajar contigo.
- Fico muito contente de ouvir isso. Então, e se começamos já a nossa viagem juntos?
- Vamos embora!

Fonte da imagem: serafunen.blogspot.com