quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Prove Portugal, vídeos de culinária


Quem gostar de vídeos sobre culinária, recomendo pesquisar no Youtube programas da série "Prove Portugal". Deixo cá a ligação para um deles, este aqui sobre o pão caseiro no Alentejo.


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Castanhas...Quentes e boas!

Amanhã é dia de São Martinho : mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho.

Nas aulas alguém me perguntou como é que se assavam as castanhas em Portugal. Neste fórum, uma pessoa que responde ao nome de Luis C. dá uma resposta bastante completa à pergunta. 

Uma colega de outra EOI (muito obrigado a ela) facilitou-me os seguintes vídeos sobre castanhas. Maria Antónia vende-as em Guimarães. Quem for lá, terá se calhar hipótese de experimentá-las. 


Mas a tradição de comer castanhas não se fica por Trás-os-Montes ou as Beiras - vejam este vídeo com imagens da Praça do Rossio e outros lugares bem centrais de Lisboa. 

E para sobremesa, o Homem das castanhas, do Carlos do Carmo. 







 

domingo, 9 de novembro de 2014

Praticar os diálogos com os Coffee-shop series

Na RTP 2 define-se "Coffe-Shop Series" como uma série de histórias insólitas que giram à volta de Carol numa série de acontecimentos incríveis com convidados ainda mais incríveis.

Além de engraçados, são perfeitos para treinarem os diálogos e a entoação. Ver, ouvir e imitar é um exercício ótimo. 

Tirem proveito destes vídeos, ao passo que se divertem!

Engole.

Canhões


Chega



Mesa


 Desconversa




Bolacha

Gelados


Amigos



Chata


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Festival do Bacalhau, em Ílhavo





Um vídeo sobre o festival do bacalhau em Ílhavo. Vejam os também os vídeos da postagem que segue.

História e histórias do bacalhau

 O bacalhau é o ícone da culinária portuguesa. Quem não gosta de experimentar um bacalhau com broa no Alto Minho, agora no outono?

Ora, o bacalhau tem uma longa história, e a sua pesca envolveu grandes penalidades, noutrora.

Ficam aqui, para quem tiver curiosidade, um conjunto de vídeos que se debruçam sobre o bacalhau e o peixe, em geral, sob diversos pontos de vista.



Pescadores do bacalhau, em Ílhavo




 Do mar à mesa: congelação e transformação do pescado.




Terra Nova: mar velho (Tem vários capítulos. Aqui fica um deles)



Saída no navio Brites de Aveiro


Os solitários homens do dóris (em inglês)



quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Passa para o pretérito perfeito simples - Crossword Labs

Passa para o pretérito perfeito simples - Crossword Labs

* Feito com o software Crossword Lab (Muito simples de usar para criarem as vossas próprias palavras cruzadas)

Cliquem na ligação, e a seguir:

- Across: filas. Estas palavras estão em presente e têm de passar para o passado, mantendo a mesma pessoa.

-Down. Colunas. Ídem.

Ao clicar sobre cada uma das palavras de pista, ficam marcadas a azul as casas onde devem escrever a resposta. Em "Answer key" podem verificar todas as respostas, e mesmo criar um pdf.

Já me dirão se tudo trabalha bem, pois é a primeira vez que faço esta atividade no blogue.

Favela ou comunidade?


FAVELA OU COMUNIDADE?


Jornal da Record -06/06/13- Favela ou Comunidade? - Parte 4




Preenche com as informações requeridas 

* [Podes verificar depois a chave no fim da postagem]
 
1) Origem de dona Genésia

2) Condições da habitação em que morava dona Cleide em Heliópolis

3) Tipo de habitação comum na favela

4) Divisões da antiga habitação de dona Genésia

5) Divisões da casa atual de dona Genésia

6) Divisões de casa atual de dona Cleide

7) Ocupação atual de dona Genésia

8) Formação de dona Cleide

9) Número de crianças atendidas nas creches da comunidade

10) O que é que as crianças comem?

11) Princípio pedagógico da creche

12) Inseto citado por um menino

13) Qualificativos usados para as crianças

14) Qual é o orgulho dos estudantes?

15) Meios de transporte que os meninos constroem

16) Percurso biogŕafico do educador

Outros episódios da mesma série

Jornal da Record -07/06/13- Favela ou Comunidade? - Parte 5 

 

Jornal da Record -05/06/13- Favela ou Comunidade? - Parte 3 

 

Jornal da Record -03/06/13- Favela ou Comunidade? - Parte 1 

 

Jornal da Record -04/06/13- Favela ou Comunidade? Parte 2 

  


CHAVE



Origem de dona Genésia
Pernambuco, sertão

Condições da habitação em que morava dona Cleide em Heliópolis

Havia um banheiro que a gente dividia. Tinha três cômodos [quartos, BR] e banheiro.

Tipo de habitação comum na favela

Casebre, barraco

Divisões da antiga habitação de dona Genésia

Havia um banheiro que a gente dividia. Tinha três cômodos [quartos, BR] e banheiro.

Divisões da casa atual de dona Genésia

Quartos, bagunça, cozinha, espaço da bagunça, banheiro

Divisões de casa atual de dona Cleide

Cômodos, sacada.

Ocupação atual de dona Genésia

Ajuda a administrar as creches

Formação de dona Cleide

É formada em ciências contáveis e psicologia. Hoje, presidente de união de moradores.

Número de crianças atendidas nas creches da comunidade

Mais de 1200.

O que é que as crianças comem?

Arroz com feijão e salada

Princípio pedagógico da creche

Trabalham a autonomia da criança

Inseto citado por um menino

Barata

Qualificativos usados para as crianças

Saudável, que se alimentam bem, que se divertem, têm lazer, participativas, querem mostrar tudo

Qual é o orgulho dos estudantes?

Aula de robôtica

Meios de transporte que os meninos constroem

caminhão (Pt – camião), trator

Percurso biogŕafico do educador

Foi aluno a contra-gosto. Depois virou professor.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Os portugueses de Champigny-Sur-Marne

Nas aulas destes dias debruçamo-nos sobre os périplos vitais dos migrantes portugueses na França, nomeadamente no que diz respeito à habitação. Champigny-sur-Marne é uma das cidades que mais migrantes portugueses recebeu.


Nas aulas pudemos ver imagens dos bidonvilles (bairros de lata) franceses, muitas das quais foram tiradas pelo fotógrafo Gérald Bloncourt. Cá há uma entrevista com ele, mais em francês do que em português.

Neste blogue podem ver algumas das imagens referentes a Portugal, e têm acesso para uma reportagem do Público sobre essa experiência - recomendo que leiam. Uma exposição foi feita em Lisboa com base nessas imagens.

Já em francês, têm cá um site com muita documentação sobre a emigração portuguesa na França.

No que diz respeito ao vocabulário da casa e habitação, recomendo-vos esta ferramenta do Expresso para conhecer diversas casas tradicionais de Portugal e ampliar o vocabulário nesse sentido. 

Por último, queiram cá aprender algo de frantuguês.


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Software para criar mapas mentais

Como já sabem, faremos uma atividade com mapas mentais para trabalhar o vocabulário da casa. O objetivo é testar novas formas de aprendizagem do vocabulário.


Deixo aqui as referências de alguns programas úteis para criar mapas mentais com o computador. Cada um tem caraterísticas específicas, podem experimentar.

É claro que os mapas mentais também se podem fazer manualmente (como de facto faremos nas aulas): as ligações que deixo em baixo são para quem gostar mais de ferramentas informáticas. Se alguém experimenta alguma, agradeço que me envie um email com algum comentário sobre a experiência.

O Exam time tem uma versão em português do Brasil, e permite criar cartões para aprender vocabulário, além de mapas mentais.

Eis mais alguns:

Mindmaps, online e muito simples.

Flowcharmaker

Freemind

Bubbl

Text2mindmap

Em português, uma lista de 7 programas comentados.

Uma lista bastante exaustiva (em inglês) de ferramentas deste tipo, incluindo no fim aplicativos para telemóveis. 

Pesquisando na Web, podem encontrar montes de imagens de mapas mentais (É só procurar "Mapas mentais" (para resultados em português) ou "Mind map". Deixo cá uma imagem. Peço desculpa por o mapa estar em inglês, mas não achei mapas em português com autorização para divulgação não comercial, a qual sim tinha este aqui, que é bem giro.

Fonte da imagem em baixo: www.flickr.com

 (* A imagem está etiquetada para reutilização não comercial sem modificação)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Protestos dos reformados

Porque protestam os reformados portugueses? Identifica as razões do protesto e os argumentos para estarem revoltados. 

Aderirias a um protesto similar na Galiza? Porquê?


Inquérito:



1. Onde é que eles protestam?

2. Porque é que protestam?

3. Quem é o responsável do governo?

4. Que argumentos usam os reformados?

5. Que problemas é que enfrentam no dia-a-dia?

6. Partido político e sindicato citados:

7. Como acabou a manifestação?

8. Tipo de eleições que se vão realizar. 




Chave: 

1. Onde é que eles protestam? 
No Rossio (Praça do Rossio)

2. Contra o que é que protestam? 
Cortes nas pensões

3. Quem responsável do governo é citado? 
Passos Coelho

4. Que argumentos usam os reformados?
Cumpriram zelosamente
Fizeram os descontos
Descontaram o que foi exigido
Os cortes são inconstitucionais

5. Que problemas é que enfrentam no dia-a-dia?
Perdem cada vez mais dinheiro
Não conseguem ajudar os filhos

6. Partido político e sindicato citados:

7. Onde acabou a manifestação?
Marcharam ao Ministério das finanças

8. Tipo de eleições que se vão realizar.
Autárquicas.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Terceira idade - Relações Sociais


Vejam cá um documentário de grande qualidade e um vídeo sobre a diversidade de população, a terceira idade e o envelhecimentos da população portuguesa, que provavelmente não conseguiremos ver nas aulas por falta de tempo.

Há na Internet mais documentários da série "Portugal, um retrato social", para quem tiver interesse.

Portugal, um retrato social (Gente diferente)




Envelhecimento ativo: 


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Banda desenhada em Portugal

Eis uma notícia de 2013, que deixo cá para que fiquem a conhecer o principal festival de Banda Desenhada de Portugal, e a referência de algum autor lusófono conhecido do género, como o Ricardo Cabral. 

Amadora B2 - 2013 (Fala Portugal)




quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Flagrante, de António Zambujo





Preenche as lacunas. Verifica em baixo. E canta, fazendo os zângãos (vermelho), os xixis (azul) e as joaninhas (verde). 


Bem te _______, meu amor,
Que não podia dar certo
E era coisa de evitar
Como eu, devias supor,
Que, com gente ali tão perto,
Alguém fosse reparar

Mas não: _______ beicinho
E como numa promessa
________ nua para mim
Pedaço de mau caminho
Onde é que eu tinha a cabeça
Quando te ________ que sim?

________ tenhas jurado
Discreta permanecer
Já que não estávamos sós
Ouvindo na sala ao lado
Teus gemidos de prazer
Vieram saber de nós

Nem dei p'lo que aconteceu
Mas, mais veloz e mais esperta,
Só te _______ de raspão
Vergonha ________ eu:
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão.


Chave: disse,  fizeste, ficaste, disse, embora, viram, passei-a.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Sou um rio - O Minho



Os rios da Lusofonia continuam a falar com a ajuda dos estudantes do nível intermédio. Eis mais um exemplo, este de uma aluna da turma das 19h30.

* Reparem em que os nomes compostos de espécies zoológicas e botânicas se escrevem com hífen, ao abrigo do acordo ortográfico.  

Sou o Rio Minho. Sou um dos mais pequenos da Península Ibérica, mas sou o mais importante, porque algum dia conseguirei unir Portugal e a Galiza.
 

Há muito tempo que ouço falar nas minhas duas margens, ou talvez ouço murmúrios sobre a semelhança de galegos e portugueses. Ah!, a língua é muito parecida!


Eu tento que os dois povos se unam através do traço que faço no meu leito cheio de água. O meu caudal de água é a linha que une muitas aldeias e cidades do Minho Norte e Minho Sul.


Sempre me sinto contente, volto a nascer e a passar por Melgaço, pois é então que sinto o murmúrio das gentes de Rosalia de Castro por um lado, e das gentes de Camões pela outra beira.



Fonte da fotografia: riosdeportugal.webnode.pt
(Imagem etiquetada com licença de uso sem fins lucrativos)
Ofereço os meus presentes a todos estes povos por igual:  a mesma água; e além disso, truta, lampreia, enguia e salmão.


Preocupa-me o aumento de poluição fluvial, que pode provocar a morte de muitos peixes.


De tanto falar com as duas beiras desde Melgaço, volto-me rouco, mas aceito o destino da minha morte a caminho do Atlântico,  apesar de que logo voltarei a nascer.


Até à próxima, quando eu voltar a nascer. 


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Debaixo de Algum Céu, de Nuno Camareiro


* Podem requisitar este livro na biblioteca Ângelo Casal.

Tudo se passa numa povoação encostada ao mar a alguns quilómetros de uma cidade média. De inverno vivem ali pouco menos de dois mil habitantes, entre pescadores, gente pobre, famílias fugidas da urbe e alguns homens estranhos, apaixonados pelo mar ou desiludidos do resto.

Um prédio chegado à praia e um inverno pesado e frio, de cobertores húmidos e doenças nos pulmões que silvam ao respirar. O mar ouve-se de bravo e, quando não é o mar, é o vento a imitar-lhe a raiva. Dentro do prédio procura-se calor no que há: caldeiras, corpos e alimento.

Neste cenário decorre Debaixo de Algum Céu, de Nuno Camareiro. O tempo é o que vai de um 25 de dezembro a um 1 de janeiro. 



As personagens são os moradores do prédio: o padre Daniel; a família de Bernardino e Manuela; Margarida, viúva, com os livros do marido holandês na sala; Adriano e Constança com a bebé Diana; e no rés-do-chão, David, o inquilino que mais se esconde.

Marco Moço anda à procura de despojos por aquelas praias – aquilo que na Galiza é chamado de crebas: o mar devolve à terra. Com os despojos, Marco Moço quer construir uma máquina para apanhar memórias.

Uma história são pessoas num lugar por algum tempo, diz-se algures no início do livro. O lugar não tem neste caso nome concreto – o leitor é que ativa o GPS das suas lembranças: como em Portugal e na Galiza não faltam lugares assim, acaba por imaginá-lo com nitidez.

O mar é que está sempre presente, ajudando com os seus despojos a fazer algum sentido desse quebra-cabeças de memórias e desejos que é qualquer Natal. Um mar aberto e imenso, como o dos poemas de Sophia Mello de Breyner Andresen, também citada neste livro.

Para quem vive no Purgatório, como estas criaturas em crise permanente, o caminho para o céu ou para o inferno depende apenas dos gestos mais pequenos, aqueles que garantem a sobrevivência e conseguem resgatar os despojos de amor que conseguem dar sentido à vida:

O amor não é fácil em nenhuma idade e dói tanto ceder-lhe como fugir-lhe. Mas o amor é o que há, e eu estou velho para morrer sozinho.

Do emaranhado de histórias deste livro, levantamos da areia a ironia delicada das palavras de Nuno Camareiro, que às vezes se aproximam da poesia sem chegar nunca a enjoar – essa qualidade na linguagem foi um dos argumentos para a atribuição do prémio Leya de 2012 ao livro.

Sou pobre, mas de sentimentos delicados, diz Colometa, a protagonista de La Plaça del Diamant, de Mercé Rodoreda. O mesmo podemos dizer das personagens que sobem e descem as escadas deste prédio, Debaixo de algum céu.

Receita de palavras

Nesta tarefa pedia-se a redação de uma receita onde a própria língua portuguesa fosse a cozinhada. Vejam que gostosa ideia esta aqui em baixo, de uma estudante da turma do básico das 20h30. Regalem-se com ela para preparar o teste. 

“VITELA DE CASA JOSÉ”

Ingredientes:

8 consoantes: v, t, l, d, c, s, j, s
8 vogais: i, e, a, e, a, a, o, e
1 acento
8 sons consoantes: [v], [t], [l], [d], [k], [z] acompanhado de um pequeño zângão, [ʒ ] acompanhado duma joaninha mediana e outra [z], mas acompanhado dum zângão maior.
8 vogais orais: [i], [ɛ ], [a], [e], [a], [ɐ ], [o], [ɛ ]
Sotaque português q.b.

Confeção:

Pôr ao lume num tacho as oito consoantes e mexer bem. A seguir, deitar as oito vogais e o acento. Não deixar de mexer. Esperar 5 minutos e adicionar os oito sons consoantes e as 8 vogais orais. Deixar ferver em lume brando.

Noutro tacho deitar a joaninha, os zângãos e temperar com sotaque português quanto baste. Este será o molho. Deixar em lume brando 10 minutos e passar com a varinha mágica.

Por último, servir num prato: deitamos a mistura das vogais, consoantes, acento, sons consoantes e vogais orais, e cobrimos com o molho.

Bom apetite!

domingo, 1 de junho de 2014

Experiência de uma estudante da EOI, agora em Lisboa


Uma estudante de português do nível intermédio viajou este ano a Portugal, onde tirou bastante proveito dos seus conhecimentos prévios da língua. Atualmente ela está a trabalhar mantendo este blogue que vos animo a consultar - tem alguma postagem em inglês, mas a maioria em português. 

E além disso, escreveu o texto que segue em baixo sobre a sua experiência em Portugal. Muito obrigado a ela por partilhar.

Estudar português

Quando no ano 2012 decidi aprender uma língua nova, já o alemão andava na moda na Escola de Línguas de Compostela. Já todas as pessoas estavam a querer ir-se embora para o que parecia ser a terra prometida. Na altura, eu preferi o português. Não apenas porque achei que ao ser uma língua próxima ao galego a aprendizagem seria muito mais rápida, mas também porque me abria todo um mundo de possibilidades: quase 250 milhões de falantes e a emergência do Brasil como uma das novas potências económicas no mundo pintavam um panorama bastante estimulante para o estudo. E aconteceu que, afinal, o ensejo chegou desde muito mais perto.  

Em Julho de 2013 fui selecionada pela associação juvenil Rota Jovem de Cascais para um projecto do Serviço Voluntário Europeu de dez meses de duração. Era uma oportunidade imensa para mim a todos os níveis, também a nível de língua. Dez meses em Portugal dariam para pôr em prática tudo o aprendido durante o meu primeiro ano a estudar português, e também para aprender diretamente com falantes nativos, numa imersão linguística e cultural completa. E assim está a ser. Ainda por cima, entre as tarefas do meu projeto na Rota Jovem está a dinamização do blogue da associação (http://blog.rotajovem.com/), não deixem de ler o que lá tenho escrito até agora), que está a permitir-me melhorar o meu desempenho na escrita de uma maneira extraordinária e exponencial. Para já, é muito gratificante verificar como com cada texto as necessidades de pesquisa mudam e como se vão incorporando palavras e expressões que passam já a fazer parte do léxico próprio. A escrita do blogue está a ser, portanto, uma grande aprendizagem e uma grande satisfação, e tem contribuído imenso à minha auto-confiança no uso da língua, também no nível oral. Contudo, ainda me fica muito por aprender e melhorar, e nisso estou, pelo menos, até Agosto.
É assim que o português me está a dar uma variedade infinita de opções que nem poderia ter imaginado quando comecei a estudá-lo. Estou envolvida num projeto que me satisfaz enormemente e que colmata com acréscimo as minhas expetativas, e é em grande medida por ter conhecimentos linguísticos e muita disposição e vontade para melho-los que tudo está a correr tão bem. Enquanto galegas e galegos, temos uma oportunidade gigante que deveríamos saber ver e querer aproveitar porque está aí, mesmo ao pé de nós. Aprender português sendo galego é uma vantagem incomensurável da qual só agora eu sou totalmente consciente, e só depende de nós próprios tirar partido dela.